sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

As Desvesturas de Silva, Detetive Silva (Cap. 5)

Achei estranho e resolvi investigar. Fui para meu escritório, sentei em minha cadeira, liguei o rádio e sem querer perdi minha primeira pista, o pastel. Fiquei de olho em Durval, exatamente a meia noite ele saiu do salão. Resolvi segui-lo.

Ao fim da galeria ele pegou um táxi e eu uma Kombi. Ele saltou numa boate de freqüência específica (é isso aí, uma boate gay). Entrou falando com todos. Fui atrás, mas não me deixaram entrar. Tive que fazer uso de minha segunda pista e comprar o ingresso.

Entrei no dito estabelecimento, e comecei a procurar por Durval, até perceber que agora ele era Borboleta, a Diva da Noite.

Agora estava sem minhas duas pistas, o pastel e o dinheiro. Fui aos bastidores, encontrei Borboleta e comecei a interrogá-lo. Ele nada disse, quando abruptamente Cardozinho entrou em sue camarim.

Ficou perplexo ao me ver com Borboleta. Pensou em correr, mas cortei suas idéias ao perguntar entre elas:

As Desvesturas de Silva, Detetive Silva (Cap.4)

Para a primeira pergunta ela não tinha resposta, mas para a segunda tinha. Era um tal de Rodolpho Cardozo, mais conhecido como Cardozinho.

Ela saiu de meu escritório, esperei um pouco e saí. Passei no Shang antes para almoçar e só então comecei minha investigação.

Fui procurar o tal Cardozinho, que em pouco ajudou. Disse que não sabia de nada, mas para mim, era o maior suspeito (Mas não no tamanho, pois fazia jus ao apelido). Com ele apenas percebi que tinha esquecido de perguntar o nome do desaparecido, Cardozinho sem querer disse:

- Não sei nada sobre o desaparecimento Mendonça.

Após isso, virou-se e foi embora, com a certeza de que tinha me enganado.

Mas não conseguiu. Agora eu tinha uma pista. Agora sim, poderia descobrir o paradeiro do marido de dona Camila.

Voltei para a galeria, parei no Shang para jantar, um bom pastel de palmito com pagamento fiado, lá me encontrei com Durval, ainda eram dez e meia da noite, não tinha se transformado ainda em Borboleta. Comentei com ele sobre o meu mais novo e único caso a ser solucionado. Contei sobre o Mendonça e ele nada fez, mas ao mencionar o nome Cardozinho, Borboleta, quero dizer, Durval, começou a suar. Perguntei-lhe o motivo e ele nada disse. Deixou seu pastel de carne ainda pela metade, o qual levei para o escritório, sabe como é, pista! Durval deixou ainda uma nota de dez reais em cima balcão esperando pelo troco, peguei-a também, pois sabe como é...(Pistas). Durval saiu suando e rapidamente entrou em seu salão.

As Desvesturas de Silva, Detetive Silva (Cap. 3)

Ofereci minha cadeira com calço a ela (rezando para que não caísse). Ela sentou-se e pediu um café, eu disse que não tinha.

Ela conformou-se e disse ainda trêmula:

-Silva, Det. Silva. Meu marido desapareceu!

Não posso revelar o quanto fiquei feliz com aquela notícia, mas sou profissional e contive a alegria. Respondi a ela:

-Sim minha cara, prossiga, mas ao menos revele o ar de sua graça. (Ledo engano meu, era linda, mas burra, não entendeu minha pergunta).

Disfarcei e disse:

_ Como se chama? (agora ela entendeu).
- Me chamo Camila, ó det. Silva.
-Não me chame de Silva, det. Silva, me chame de Syl!

Ela novamente não entendeu e continuou a me chamar de Silva, mas não liguei.

Ainda no escritório perguntei os locais mais freqüentados pelo desaparecido, e com quem ele mais andava.

sábado, 20 de dezembro de 2008

As Desvesturas de Silva, Detetive Silva (Cap. 2)

Recomeçando do ponto em que parei, “Era uma quarta feira e eu lia o Extra de segunda, roubado do canário do Borboleta”.

Quando o telefone tocou, procurei, procurei, até que o encontrei. Sentei em minha cadeira. Estava com pose de durão, até a rodinha da cadeira soltar, caí de costas no chão, ficando com uma enorme cara de bunda, melhor dizendo, ‘cara de glúteo’.

Retirei o telefone do gancho e disse, com ima terrível dor nas costas (cadeira maldita).

_Alô!

Do outro lado, uma voz suave respondeu:

-Alô. Quem fala?
-Silva, Det. Silva.

Era uma moça. Marquei horário para ela no dia seguinte. Arrumei o escritório, pus calço na cadeira. Ela chegou atrasada, mas não importava, ela era linda, 1,75m de pura beleza. Era branco, longo cabelo negro (suspeitei que fosse chapinha, mas contive a curiosidade), belo olhos castanhos, mas sou profissional, mantive isso em meus puros pensamentos de detetive investigativo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

As Desventuras de Silva, Detetive Silva (Cap.01)

Agora me apresento: sou Silva, Det. Silva, mas para as moças lindas, estas podem me chamar de Syl!


Um belo dia estava eu em meu escritório subalugado numa galeria nos confins de Madureira, não tinha muita coisa, apenas eu, eu, eu mesmo, uma mesa corroída pelos cupins, uma cadeira comprada em um brechó e é claro, uma placa em minha porta, feita por índios da tribo Yanomane, onde está escrito: Silva, Det. Silva.

Era uma quarta-feira e eu lia o Jornal Extra de segunda-feira, roubado do canário do vizinho. A propósito, já ia me esquecendo, vou apresentar minha galeria.

Meu escritório fica bem nos fundos, ao lado de um cabeleireiro gay (aliás, gay não, pois fica muito rude, amenizando, homossexual). Esse meu vizinho era um negão de quase 2 metros de altura e era usava mais bomba que o Rambo II, o retorno à selva. Chamava-se Durval, mas após a meia-noite virava Borboleta Púrpura, ele era o dono do canário ou canária, nunca soube bem ao certo.

Meu vizinho de frente era uma pastelaria, a pastelaria do Shang, um lugar onde eu realizava a maioria das minhas refeições, as quais não pagava a mais de quatro meses.